segunda-feira, 13 de junho de 2011

Artesanato à beira-mar

Por Elaine Quinderé e Felipe Macedo


A Avenida Beira-mar é sem dúvida um dos cartões postais mais conhecidos da nossa cidade, diariamente passam milhares de pessoas seja para fazer uma caminhada, conversar, apreciar o mar ou até mesmo tomar um sorvete. Mas é a noite que a nosso tão conhecido cartão postal se torna mais vivo. Com atrações únicas como o menino prateado, sanfoneiros, comediantes e pessoas que quebram cocos com a mão ou cabeça. Se surpreender por lá não é difícil, mas o melhor de lá é, sem dúvida, a feirinha de artesanato ou, como também é conhecida, feirinha da Beira-mar.










São mais de 600 barracas armadas estrategicamente no coração da avenida. Lá você encontra de tudo, desde produtos locais como castanha de caju no quilo até bolsas de couro. Para quem vê todos aqueles quadrados à noite procurando vender o seu produto, não imagina o trabalho que dá pra organizar aquilo tudo. Por isso, A equipe Bastidores foi até o encontro dos que fazem a feira para conhecer seu dia a dia e acompanhar desde o processo de montagem das barracas até a chegada dos consumidores.

A Chegada

O trabalho dos feirantes começa logo no começo da tarde. Trazidos por eles mesmos ou então por pessoas contratadas, é um vai e vem frenético de carrinhos de mão que parece não ter fim.










São três garagens para armazenar tanto carrinho assim. De acordo com Flávio Ferreira de Souza, auxiliar de gerente de estacionamento, são duzentos carrinhos que ficam aqui nessa garagem e existem mais outras duas para comportar o resto. De acordo com ele, todos os feirantes podem pegar seu carrinho a partir das 14h e entregar até meia noite, “pois se a gente não estabelecer um horário limite, tem uns que só voltam de madrugada”, explica. Na época das férias que o movimento é maior, o horário para colocar o carrinho de volta na garagem é maior, mas ainda sim, rigoroso.

Com pessoas vigiando do lado de fora, todos os feirantes pagam um determinado valor semanal, para poderem guardar os seus pertences nas garagens, o valor não é divulgado.

A montagem





O horário pra começar é o próprio feirante que decide. Alguns chegam às 14 horas. Outros preferem chegar às 16 horas. Para montar a barraca alguns demoram meia hora, outros já demoram mais tempo, mas isso varia com o tipo de produto a ser vendido.

Dona Clarisse, vendedora de produtos artesanais, leva menos de meia hora para ajeitar toda sua barraca e para desmontar, leva menos ainda. “Coisa de 15 minutos ou menos”, explica.

Já seu Antonio, vendedor de produtos regionais, leva quase uma hora para ajeitar toda a sua barraca. “É muito produto pra colocar pra vender, tem que deixar bonito pro pessoal ver, né?”, conclui.

Quanto ao fim do expediente da feirinha, a grande maioria dos que trabalham lá começam a fechar as barracas a partir das 22 horas. "Na época das férias, todos os feirantes ficam até mais tarde, chegando a ficar às vezes até meia noite. Na época das férias a gente fica com a barraca aberta até um pouco mais tarde, porque é muito turista que passa por aqui”, afirma Andrea, funcionária de uma barraca que vende roupas femininas.

É da feirinha da Beira-Mar que muitos tiram o sustento. Tem gente que tem três filhos pra criar, já outros sustentam filhos que moram fora do Brasil. Com o que é vendido na feirinha, muito comerciante não precisa de um segundo emprego pra completar a renda mensal. E além do mais, o ritmo e carga horária da feira não permitem um segundo emprego aos que nela trabalham, já que ela é de domingo a domingo, 365 dias por ano, sem direito a férias ou feriados.

Além do ritmo intenso da feira, outra grande reclamação dos feirantes é a falta de iluminação. Nenhuma das barracas possui energia própria e todos usam baterias de carro pra iluminar os produtos. Outro grande problema é a falta de segurança. Quem faz a vigilância das barracas são os próprios comerciantes, que ficam de olho na própria barraca e também na do vizinho. Afinal, com tanta gente que trabalha junto a três anos, 15 anos e, até mesmo, 30 anos, todos já adquiriram algum tipo de confiança um no outro.

2 comentários:

  1. It contained one steroid that was already on the market, called M-Drol androsterone and another one which had a unique structure.

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  2. fiquei apaixonada por essa banca. comprei um brinco de pana nela e fiquei maravilhada, estava a procura de um e ainda nao tinha encontrado ate dar uma volta na beira mar e encontrei essa banca.... amei amei amei

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